domingo, 30 de setembro de 2012

Economia e cerveja

  Aqui vai uma dica do Marcello Cunha (economista da Petrobrás): (trabalho e cerveja).

  Utilizamos o real como unidade de conta no Brasil, mas qualquer bem pode ser empregado com essse objetivo, como feito pelos analistas da UBS (um banco Suíço - o que será que rola nesse banco?) nessa matéria que saiu originalmente na The Economist (link para o site).

  Como eu não bebo, gostaria de ver essa relação de horas de trabalho para cada filho. Seria interessante, pois o custo varia de país para país de acordo com a renda média. Qual efeito será mais relevante ao longo do tempo (conforme o país fica rico)?

sábado, 29 de setembro de 2012

Decomposição do Desevolvimento



 Segue abaixo uma tabela da decomposição do desenvolvimento feita pela Ana Elisa Gonçalves Pereira na Dissertação de Mestrado.

  Na tabela, podemos observar a decomposição para as capitais dos estados brasieliros. É claro que PTF tem vários problemas, mas dá alguma luz sobre a produtividade dos fatores de produção de cada capital em relação à São Paulo.

 

Municipality
Estado
 
 
 
 
São Paulo
SP
1
1
1
1
Vitória
ES
1.875
0.747
1.241
2.022
Brasília
DF
1.855
0.701
1.042
2.541
Rio de Janeiro
RJ
1.072
1.015
1.052
1.004
Porto Alegre
RS
0.994
1.074
1.189
0.778
Curitiba
PR
0.845
1.252
1.124
0.601
Manaus
AM
0.821
0.518
0.790
2.004
Florianópolis
SC
0.710
1.408
1.311
0.385
Goiânia
GO
0.594
1.257
1.047
0.452
Cuiabá
MT
0.591
0.875
1.009
0.669
Belo Horizonte
MG
0.574
1.515
1.071
0.354
Recife
PE
0.565
1.058
0.967
0.552
Aracaju
SE
0.503
0.953
0.958
0.551
Boa Vista
RR
0.499
0.775
0.763
0.844
Campo Grande
MS
0.461
0.957
0.899
0.536
São Luís
MA
0.441
0.933
0.877
0.539
Natal
RN
0.435
1.321
0.910
0.362
Fortaleza
CE
0.426
1.209
0.842
0.419
Belem
PA
0.413
1.183
0.916
0.382
Salvador
BA
0.412
1.420
0.947
0.306
Palmas
TO
0.394
0.910
0.920
0.470
João Pessoa
PB
0.389
1.089
0.962
0.371
Rio Branco
AC
0.382
0.789
0.705
0.687
Porto Velho
RO
0.360
0.886
0.778
0.522
Maceió
AL
0.336
1.319
0.820
0.311
Teresina
PI
0.336
0.981
0.843
0.407
Amapá
AP
0.326
0.529
0.481
1.282

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Dilma fala sobre medidas protecionistas

  A nossa presidente vem atacando as medidas de política monetária norte-americana de forma sistemática nos últimos dias. Um exemplo é a matéria que saiu no site da Exame (link para a notícia).

  Por um lado, ela critícia a política monetária adotada nos EUA porque acarreta em uma depreciação do dólar. Por outro, a presidente defende as medidas tarifárias adotadas no Brasil. Isso me parece bem contraditório.

  Adicionalmente, ela fala que os países precisam sair juntos da crise, ou seja, que todos precisam tomar medidas que estimulem suas respectivas economias. Uma política monetária expansionista vai justamente nessa direção, ou seja, os EUA estão fazendo justamente isso. Outra contradição que é fácil de ser apontada!

  Além disso, a política fiscal expansionista já vem sendo adotada pelos EUA, o que explica a grande elevação da razão Dívida/PIB do país nos últimos anos (evolução Dívida/PIB). Outro ponto, é que existem limitações legais que impedem que o país adote essa política de foma mais agressiva (teto da dívida).

  Em outras palavras, é uma necessidade que os EUA continuem a adotar política monetária expansionista para estimular sua economia. Isso faz parte de um processo de recuperação conjunta da economia mundial, como ressaltado pela própria presidente.

  Precisamos focar mais nas medidas que o Brasil vem tomando para recuperação dessa crise e como fazer para que nosso crescimento possa ser estimulado de maneira sustentável, no longo prazo. A economia mundial e, principalmente, os países desenvolvidos vão se recuperar de forma lenta, ou seja, os tempos de ventos favoráveis passaram e não vamos poder mais surfar no elevado crescimento da economia mundial por um bom tempo.

 O governo ainda está muito preocupado com medidas que afetam o desempenho econômico apenas no curto prazo. O foco precisa ser mais voltado para políticas econômicas de longo prazo.


quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Qualis Capes

  Uma dica do Blog do Leonardo Monastério (link para o blog). Está disponível a nova classificação do Qualis (link para o site).

  A grande novidade é que algumas revistas brasileiras passaram para B1 (que não sei se é uma boa novidade): Economia (Revista da Anpec), Revista de Economia Política, Revista Brasileira de Economia e a Estudos Econômicos.

  Não entendi porque também não subiram a Revista de Econometria e a Pesquisa e Planejamento Econômico. De qualquer forma, concordo com o Léo que é bom que nenhuma nacional seja classificada como A, pois esse é um dos maiores estímulos para a internacionalização da nossa publicação.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Mensalão e a herança maldita

  Estava lendo a Veja da semana passada e tive que lavar as mãos antes de vir para o computador. Tem lama escorrendo pelas bordas da revista!

  É uma vergonha todo esse esquema que foi montado para que o governo conseguisse maioria no Congresso. Todo mundo sabe que essas coisas existem em qualquer governo brasileiro, mas a minha impressão é que elas pioraram nos oito anos do governo anterior. Por exemplo, veja a quantidade de ministros que estavam envolvidos com problemas de corrupção e perderam seus cargos no começo do atual governo federal.

 Você pode estar se perguntando a relação do tema com um blog de economia e desenvolvimento. Tem tudo a ver! O nível de corrupção existente em um país está relacionado com as instituições que vigoram, ou seja, quanto mais corrupção, mas fracas elas são.

  Também acho que os governantes podem agir de forma a fortalecer ou enfraquecer as instituições que estimulam o crescimento e desenvolvimento econômico. Quando se age de forma a facilitar corrupção e o ganho fácil da elite em detrimento da população em geral, as instituições vão se enfraquecendo, com efeitos sobre o crescimento de longo prazo que podem ser consideráveis. Muito se falou da herança maldita da era FHC, mas a verdadeira herança maldita foi deixada pelo governo anterior...